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Metaverso: O que é? Como funciona? O SEGREDO que não te contaram!


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"O que é real? Como você define o real? Se você está falando sobre o que você pode sentir, o que você pode cheirar, o que você pode saborear e ver, o real são simplesmente sinais elétricos interpretados pelo seu cérebro." - Morpheus, Matrix

Muito tem se falado sobre o tal do Metaverso, mas será mesmo que as pessoas sabem do que se trata?


Desde que o Facebook mudou de nome para Meta, o metaverso tem sido a palavra do momento. Mas não se engane, muita besteira tem sido dita nos últimos tempos.


Muitos acreditam ser uma tecnologia nova, criada pelo Facebook, mas não é bem assim...


Não sabe o que significa Metaverso? Para descobrir, leia este artigo até o final.


Origem



Metaverso está no hype, todos falando sobre ele, mas será que realmente é algo novo?


O termo Metaverso foi cunhado em 1992 em uma obra de ficção científica chamada Snow Crash (Nevasca), de Neal Stephenson.


Nesta obra, as pessoas interagem entre si através de avatares virtuais tridimensionais via internet, sendo esse o significado original do termo metaverso.


Dentre os metaversos mais conhecidos, temos gigantes da indústria dos jogos: Minecraft, Roblox e o Second Life são ótimos exemplos.


Diferenças entre Metaverso e Jogo


Então metaverso é coisa de jogo?

Não, mas existem jogos que exploram a ideia de metaverso.


A definição de jogo que utilizamos é a seguinte: "Um jogo é um sistema no qual os jogadores se envolvem em um conflito artificial, definido por regras, que implica um resultado quantificável" (Regras do Jogo - Volume 1, página 95).


Então, um metaverso não se trata de um jogo, visto que os jogadores não estão lá para engajar num conflito artificial definido por regras.


Second Life

Minecraft e Second Life só eram considerados jogos pela falta de compreensão acerca do conceito de metaverso.


Não eram jogos, pois qual era o conflito artificial? Qual era o objetivo claro e discernível do jogo? Não existiam. E, sem um objetivo claro e discernível apresentado pelo próprio jogo, não existe conflito artificial.


Mais tarde, no Minecraft, foi adicionado o Ender Dragon, mas não pode ser considerado um objetivo claro e discernível, visto que o jogo não te fala sobre ele (provavelmente escreverei um artigo sobre).


O Metaverso está mais para um "parquinho" (no sentido de ser um Sandbox) do que um jogo, pois é um ambiente onde pessoas interagem entre si, sendo que, nesse ambiente, jogar é uma das interações possíveis.


Significado Atual


A ideia atual de Metaverso traz consigo uma série de termos tecnológicos, como Realidade Virtual, Realidade Aumentada, NFT, dentre outros.


Esses termos que hoje orbitam o conceito de Metaverso não fazem parte de sua definição. Second Life, por exemplo, não deixa de ser um metaverso por não ter essas tecnologias citadas acima.


A ideia do Metaverso, proposta pela Meta (antigo Facebook), é criar esse ambiente virtual integrado com o ambiente real através das tecnologias de Realidade Virtual e Realidade Aumentada.


Ou seja, você terá um avatar, através do qual interagirá com o mundo virtual ao mesmo tempo que interage com o mundo real.



Photo by Bakir Custovic on Unsplash

Isso será feito através de Smart Glasses, óculos inteligentes responsáveis pela interface entre o mundo real e virtual.


Lojas do ambiente virtual serão projetadas - através do óculos - no mundo real, assim como lojas do mundo real poderão ser removidas do ambiente virtual projetado.


O Metaverso - no caso da Meta (antigo Facebook) - vem como um novo intermediário - inter + medium, mídia - que se coloca entre você e o mundo real, como uma nova camada sobre a percepção da realidade, porém desta vez completamente controlada pela empresa Meta.


Cabe aqui a reflexão sobre as palavras do grande filósofo da Comunicação, Vilém Flusser, acerca das mídias:


"Qual é a relação daquela pedra lá fora (que me faz tropeçar) com sua fotografia, e qual a relação da pedra com a explicação mineralógica sobre ela? [...]

As fotografias e a explicação são mediações entre mim e a pedra; elas se colocam entre nós, e me apresentam à pedra. Mas posso também ir diretamente de encontro à pedra e tropeçar nela. [...]

Mas o exemplo da pedra não é muito apropriado para nossa situação atual, uma vez que podemos andar até uma pedra, mas não podemos fazer nada parecido com isso em relação à maioria das coisas que nos determinam no presente. [...]

Não temos uma experiência imediata com essas coisas, mas somos influenciados por elas. [...]

Como não temos experiência direta com elas,a mídia torna-se para nós a própria coisa. [...] essas coisas são reais na medida em que determinam nossas vidas. [...]

(Vivemos de fato em um universo em expansão: a mídia nos oferece cada vez mais coisas que não podemos experimentar diretamente, e nos priva de outras com as quais poderíamos ter contato.)"

("O Mundo Codificado" - Vilém Flusser, capítulo "Linha e Superfície", página 111)

Da mesma forma que, para nossa percepção, a foto da pedra se tornou a pedra, o ambiente virtual se tornará o real. Cabe a cada um avaliar os riscos e vantagens de fazer parte desse novo ecossistema - a final de contas ninguém quer tropeçar.


Camadas



Os Metaversos são compostos por diferentes camadas, sendo essas, respectivamente: Infraestrutura, Interface Humana, Descentralização, Computação Espacial, Economia de Criadores, Descoberta e Experiência.


Parece complicado, mas na verdade não é.


Experiência


Camada principal e mais "palpável" do Metaverso. É responsável pela experiência dos usuários. Nela, existem diversas formas de interação entre os usuários, como shows, competições, shoppings, etc...


Alguns elementos:

  • Games

  • Social

  • Esports

  • Theater

  • Shopping


Descoberta


Camada responsável pela exploração do ambiente digital, onde você conhecerá novas lojas virtuais, novos produtos, rankings, mercados e galerias.


Alguns elementos:

  • Ranqueamentos

  • Redes de Propaganda

  • Lojas


Economia de Criadores


Camada responsável por manter a economia dos artigos digitais, como roupas, avatares, imóveis, obras de arte, itens e produtos no geral. Comércio de ferramentas e recursos para criadores.


Alguns elementos:

  • Ferramentas de Design

  • Mercados de Recursos

  • Comércio


Computação Espacial


Camada responsável por administrar, processar e renderizar os elementos do sistema. Carrega o ambiente digital, os jogadores e os itens para mostrá-los na tela.


Alguns elementos:

  • Motores Gráficos

  • Realidade Virtual

  • Realidade Aumentada

  • UI Multitarefa

  • Mapeamento Espacial


Descentralização


Camada responsável pelo armazenamento e manutenção de dados na rede. Registra quem é dono de quê, quem transferiu para quem, quem quer comprar o quê, e etc...


Alguns elementos:

  • Blockchain

  • Crypto Currencies

  • Agentes de Inteligência Artificial

  • Micro-serviços


Interface Humana


Camada responsável por conectar o homem à máquina. São basicamente os dispositivos que te conectarão ao Metaverso.


Alguns elementos:

  • Óculos Inteligentes de Realidade Aumentada

  • Gadgets Vestíveis

  • Gestos

  • Voz

  • Neural


Infraestrutura


Camada responsável pela realização das operações mais básicas, como transferência de informações, processamento de dados, renderização do ambiente digital, etc...


Alguns elementos:

  • 5G

  • WiFi 6

  • GPUs


 

Novos Mercados


Treinamento de médicos


(https://cognitive3d.com/uploads/surgeon-medical.jpg)


Treinamentos para médicos já contam com uma grande disponibilidade de tecnologia de ponta. As tecnologias de Realidade Virtual e Realidade Aumentada estão adentrando cada vez mais neste setor.


Corretoras de imóveis virtuais



Iniciativas como a Decentraland já estão abrindo espaço para a venda de terrenos e imóveis digitais. Modelos 3D de imóveis logo estarão habitando o portfólio daqueles que trabalham com modelagem 3D e arquitetura.


Lojas de NFT e Cripto-moedas



A própria Decentraland tem uma cripto-moeda própria e integra NFTs em seu ecossistema. Alguns Metaversos serão descentralizados - caso da Decentraland - e usarão cripto-moedas, enquanto outros serão centralizados - caso da empresa Meta (antigo Facebook) -, podendo ser pressionados a utilizarem moedas centralizadas e controladas pela empresa e pelo governo.


Escritório virtual



O próprio Metaverso da empresa Meta (antigo Facebook) tem integrada a ideia de escritórios virtuais, nos quais os jogadores trabalhariam de verdade, fazendo girar a economia do próprio Metaverso.


Propaganda de realidade aumentada



A experiência de se andar na rua nunca mais será a mesma. O óculos inteligente de Realidade Aumentada nos permitirá sobrepor a realidade com informações digitais.


É vegano? Que tal substituir todos os açougues no seu bairro pelas suas lojas favoritas do Metaverso? Isso será possível com essa tecnologia.


Será um ótimo mecanismo para redução de incômodos externos, ao mesmo tempo que também será um ótimo mecanismo de alienação e expansão de bolhas sociais.


Cinemas virtuais


(Cinema no finado Playstation Home)


Cinemas, teatros, apresentações públicas, circos, shows e competições de esporte são algumas das possibilidades de interação nesse novo ambiente.


Esses são só alguns dos mercados possíveis nos Metaversos. A partir de agora, cada ano que passa nos trará novos modelos de negócio inseridos nos Metaversos.


Da mesma forma que no início da Web 2.0 ninguém imaginaria plataformas de streaming e redes sociais gigantescas, coisas inimagináveis surgirão nos Metaversos.


Ansioso para conhecer esse novo universo? Seja bem-vindo à Web 3.0.


 

Conclusão


O Metaverso não é uma tecnologia, é um conceito; e não foi criado pelo Facebook.


É um ambiente virtual no qual pessoas interagem entre si de forma livre através de avatares digitais.


"Jogos" muito conhecidos, como Minecraft, Second Life e Roblox, na verdade são Metaversos. Utilizaram-se do termo "jogo" pois, na época, o termo "Metaverso" era desconhecido e pouco comercial.


Nessa nova geração de metaversos, surgirão muitos modelos de negócio, muitas oportunidades de emprego para diversas áreas de atuação.


Alguns exemplos são: programadores, economistas, artistas, designers, arquitetos, corretores imobiliários, dentre muitos outros.


E, com novos modelos de negócio, novas experiências surgirão. Com certeza um show no Metaverso será muito mais apelativo aos nossos sentidos do que um show na vida real. E existe uma chance real de tornar a realidade obsoleta em diversos aspectos.


Tem coragem de deixar sua percepção da realidade nas mãos das Big Techs centralizadoras?

Fica aí a reflexão.


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Referências


Em Vídeo

Em Texto:

 

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